A indústria farmacêutica é um dos setores que mais se transformaram nas últimas décadas. Seja pela necessidade constante de inovação, pela complexidade regulatória ou pela responsabilidade social que carrega, este é um mercado que exige lideranças cada vez mais preparadas para lidar com mudanças rápidas e decisões de alto impacto. Nesse cenário, a presença feminina tem crescido, mas ainda enfrenta barreiras significativas.
Segundo pesquisa realizada pela Central de Pesquisas do Sindusfarma, a pedido do LeaderShe, as mulheres representam 55% da força de trabalho no setor farmacêutico. No entanto, quando observamos os cargos de alta liderança como presidência, vice-presidência e diretoria, esse número cai para apenas 32%.
Essa discrepância revela uma realidade comum em muitas indústrias: a ascensão das mulheres até determinados níveis hierárquicos encontra mais obstáculos à medida que o cargo exige maior poder de decisão.
Onde estamos avançando?
Há sinais positivos de mudança. Ainda de acordo com a pesquisa, nos cargos de coordenação e supervisão, a participação feminina chega a 47%, e em níveis gerenciais alcança 38%. Isso mostra que existe uma base sólida de mulheres já em posições de liderança intermediária, prontas para dar o próximo passo.
Além disso, algumas áreas demonstram um protagonismo expressivo:
- Recursos Humanos (73%)
- Compliance (62%)
- Marketing (59%)
- Área Médica (56%)
Nesses campos, as mulheres já ocupam posições estratégicas, conduzindo decisões que impactam diretamente a sustentabilidade do negócio.
Por outro lado, áreas críticas para a inovação e para a competitividade do setor ainda apresentam grande espaço para evolução: Tecnologia (25%) e Finanças (26%) continuam com baixa representatividade feminina, revelando um potencial de transformação que precisa ser estimulado.
Por que fortalecer a liderança feminina é estratégico?
Não se trata apenas de justiça social ou equidade de gênero. Diversas pesquisas já comprovaram que empresas com maior diversidade na liderança apresentam melhores índices de inovação, tomada de decisão mais equilibrada e desempenho financeiro superior.
Na indústria farmacêutica, em especial, onde a capacidade de inovar, gerenciar riscos e compreender diferentes perspectivas de mercado é essencial, a pluralidade de vozes se torna um diferencial competitivo.
Quando a liderança feminina cresce com propósito, toda a indústria se fortalece. Essa não é apenas uma afirmação inspiracional, mas uma constatação apoiada por dados: equipes diversas são mais criativas, mais engajadas e alcançam resultados sustentáveis de longo prazo.
Como acelerar essa transformação?
Os números revelam avanços, mas também reforçam a urgência de iniciativas consistentes. Alguns caminhos essenciais são:
- Programas de mentoria estruturada: criar redes de apoio e desenvolvimento que permitam que mulheres em cargos intermediários tenham acesso a experiências e conselhos de líderes que já trilharam esse caminho.
- Treinamento e Desenvolvimento (T&D): investir em programas contínuos de formação em liderança, comunicação estratégica, gestão de equipes e inovação. É nesse ponto que iniciativas como as da Linus se tornam fundamentais para preparar líderes capazes de navegar em contextos complexos.
- Métricas de inclusão: estabelecer indicadores claros e transparentes que permitam acompanhar o avanço da equidade de gênero dentro das empresas.
- Cultura organizacional inclusiva: fomentar ambientes onde mulheres e homens possam compartilhar responsabilidades, construir soluções conjuntas e enxergar a liderança plural como um ativo estratégico, não apenas como uma pauta de diversidade.
O papel dos líderes hoje
A transformação não depende apenas das mulheres. Ela exige o envolvimento ativo de toda a liderança, homens e mulheres que compreendem que liderança plural é sinônimo de inovação, força estratégica e futuro sustentável.
No fim, trata-se de uma escolha: manter as estruturas atuais ou abraçar uma mudança que já demonstra seus benefícios em diferentes setores. A indústria farmacêutica tem tudo para ser protagonista nesse movimento, fortalecendo não apenas seus resultados, mas também sua relevância social.
👉 Na Linus, acreditamos que o futuro da liderança passa por esse caminho. Nosso compromisso é apoiar líderes e equipes na construção de competências que não só desenvolvem carreiras, mas também aprimoram culturas organizacionais.
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